As decisões das câmaras de Estarreja e de Vila Nova de Famalicão ilustram esta divergência de abordagens, refletindo diferentes prioridades e condições financeiras locais. A Câmara de Estarreja, por decisão unânime, optou por baixar a taxa de IMI para o valor mínimo permitido por lei, fixando-a em 0,3%.
A maioria PSD-CDS justificou a medida com uma "gestão financeira rigorosa e equilibrada", que permite proporcionar um "alívio do esforço fiscal das famílias".
Além da redução da taxa geral, Estarreja mantém o IMI familiar e outras deduções para prédios com eficiência energética ou arrendados, ao mesmo tempo que penaliza prédios degradados ou abandonados.
Em contrapartida, a Câmara de Vila Nova de Famalicão decidiu manter inalterados os impostos municipais para 2026, com o objetivo de garantir "estabilidade e previsibilidade" às famílias e empresas.
A taxa de IMI neste concelho permanecerá nos 0,335%, mantendo-se também o IMI Familiar.
O presidente da câmara, Mário Passos, afirmou que esta política fiscal vai ao encontro do compromisso de uma "governação municipal que fosse amiga das famílias mas, ao mesmo tempo, rigorosa, responsável e que não pusesse em causa a eficiência financeira da autarquia".
Estas duas abordagens distintas demonstram os diferentes caminhos que as autarquias podem seguir: enquanto umas utilizam a margem financeira para proporcionar um alívio fiscal direto, outras priorizam a manutenção da receita para garantir a estabilidade orçamental e a continuidade dos investimentos.












