Exemplos desta política são os concelhos de Cantanhede e Lagos. A Câmara Municipal de Cantanhede, liderada por Helena Teodósio (PSD), aprovou a manutenção da taxa de IMI em 0,38%, um valor abaixo do máximo legal de 0,45%. A autarquia estima que esta medida representa uma abdicação de receita na ordem de 1,2 milhões de euros. Adicionalmente, Cantanhede mantém o “IMI Familiar”, que oferece reduções fixas de 30 a 140 euros consoante o número de dependentes. Já em Lagos, no Algarve, o executivo decidiu manter a taxa de IMI no valor mínimo legal de 0,3%, uma medida que visa apoiar tanto as famílias como as empresas. Para além disso, a autarquia de Lagos optou por não aplicar a sua participação variável no IRS, prescindindo de uma receita estimada em mais de um milhão de euros, que reverte diretamente para os contribuintes. Estas decisões municipais, embora resultem numa diminuição da receita para os cofres das autarquias, são justificadas pela necessidade de responder ao aumento do custo de vida e de garantir condições para a fixação de população.
No entanto, autarcas como Helena Teodósio alertam que a prudência é necessária, face à “progressiva diminuição das receitas dos municípios” e ao aumento dos encargos com as competências transferidas da administração central.












