Este indicador, crucial para a concessão de crédito, reflete a contínua e acentuada valorização do mercado imobiliário nacional. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 2.025 euros por metro quadrado (€/m²), representando um aumento de 30 euros face a setembro e uma subida homóloga de 17,7%. Esta tendência de valorização é transversal a todo o país, não se tendo registado descidas homólogas em nenhuma região. A Península de Setúbal destacou-se com o maior crescimento anual, atingindo uma valorização de 26,7%. A Grande Lisboa continua a ser a área com os valores mais elevados, apresentando uma avaliação mediana de 3.030 €/m², valor 49,6% superior à mediana nacional. A análise por município revela que Lisboa lidera com 4.444 €/m², seguida por Cascais (3.678 €/m²) e Oeiras (3.649 €/m²). A subida dos preços é particularmente acentuada nos apartamentos, cujo valor mediano aumentou 22,1% em termos homólogos, para 2.345 €/m², enquanto as moradias registaram um crescimento de 11,8%, para 1.472 €/m². O número de avaliações bancárias consideradas foi de aproximadamente 33.900, um aumento de 2,8% em relação ao mês anterior. A contínua subida deste indicador tem implicações diretas na acessibilidade ao crédito à habitação, uma vez que os bancos não podem, regra geral, financiar mais de 90% do menor valor entre o preço de aquisição e o da avaliação, pressionando a necessidade de capitais próprios por parte dos compradores.