As metas para consultas e cirurgias também foram reduzidas.

Em contrapartida, o orçamento para despesas com pessoal foi revisto em alta.

Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, classificou o QGR anterior como “excessivamente otimista” e o atual como “mais realista”, mas “muito pouco ambicioso”.

O responsável criticou os atrasos na publicação do documento, que condicionam a autonomia de gestão dos hospitais e a sua capacidade de contratar profissionais, lembrando que só na região de Lisboa e Vale do Tejo existem centenas de camas encerradas por falta de enfermeiros. A medida de contenção de contratações agrava a pressão sobre um SNS que, segundo dados da ACSS, poderá perder quase dois mil profissionais para a reforma até ao final de 2026, incluindo 575 médicos especialistas.