No entanto, o país revela fragilidades nas condições de habitabilidade, com uma percentagem significativa da população a viver em casas sobrelotadas ou sem aquecimento adequado.
Segundo o serviço estatístico europeu, a maioria dos portugueses que são proprietários reside em moradias (51%), com uma média de 2,4 pessoas por agregado familiar.
A taxa de propriedade nacional supera a de países como a Alemanha (53%) e a Áustria (46%), mas fica aquém de nações como a Roménia (94%) e a Eslováquia (93%). Apesar da elevada percentagem de proprietários, os indicadores de qualidade da habitação colocam Portugal numa posição desfavorável no contexto europeu. Cerca de 15,7% da população portuguesa declara não ter capacidade para aquecer a casa de forma conveniente, um valor consideravelmente superior à média da UE, que se situa nos 9,2%.
Esta é a quarta maior quota entre os 27 Estados-membros, apenas ultrapassada por Bulgária, Grécia e Lituânia.
No que respeita à sobrelotação, 11% dos portugueses vivem em casas com falta de espaço, um valor que, neste caso, é inferior à média europeia de 17%. A Roménia (41%) e a Letónia (39%) são os países com as taxas de sobrelotação mais elevadas.












