Este valor é mais do dobro da média da União Europeia, que registou uma subida de 53% no mesmo período, colocando o país entre os que enfrentam uma maior pressão no mercado imobiliário. Apesar da escalada de preços, os dados mostram que a maioria dos portugueses continua a viver em casa própria. Em 2024, 74% da população residia em habitação própria, um valor superior à média europeia de 68%. Mais de metade (51%) vive em moradias, com uma média de 1,7 assoalhadas por pessoa, em linha com a média da UE.
No entanto, o relatório expõe outras vulnerabilidades sociais associadas à habitação em Portugal.
Cerca de 15,7% da população não consegue aquecer adequadamente a sua casa, a quarta maior percentagem da UE, muito acima da média de 9,2%. Esta situação de pobreza energética afeta de forma desproporcional as famílias com menores rendimentos.
Além disso, 11% dos portugueses vivem em casas sobrelotadas, um valor inferior à média europeia de 17%, mas que ainda assim reflete dificuldades de espaço para uma parte significativa da população. A combinação de preços inacessíveis, custos energéticos elevados e condições de habitabilidade precárias desenha um cenário complexo, onde o sonho da casa própria se torna cada vez mais difícil de alcançar e manter com dignidade.














