A medida, que permite o financiamento a 100%, registou um novo recorde de adesão em outubro. De acordo com dados do Banco de Portugal, o programa, que permite ao Estado atuar como fiador em até 15% do valor da transação, viabilizou a utilização de 551 milhões de euros desde o início do ano. Apenas em outubro, foram celebrados 2.625 contratos ao abrigo deste regime, totalizando 538 milhões de euros, o que correspondeu a 50% de todo o montante emprestado pela banca a jovens até 35 anos nesse mês.
Este mecanismo é crucial para ultrapassar a barreira da entrada inicial, uma vez que o limite de financiamento sobe dos habituais 90% para 100% do valor de avaliação do imóvel. O programa destina-se à aquisição de habitação própria e permanente com um valor máximo de 450 mil euros, sendo aplicável a contratos assinados até ao final de 2026.
Os beneficiários não podem ter rendimentos superiores ao oitavo escalão do IRS.
A adesão revela disparidades regionais, sendo superior em territórios do interior como o Alentejo e Trás-os-Montes, e comparativamente menor na Grande Lisboa e na Madeira.
A elevada procura demonstra o quão significativo é o obstáculo do capital inicial para os jovens compradores no atual contexto de mercado.














