O novo líder bloquista traçou um retrato sombrio da realidade nacional, afirmando que "a multiplicação de bairros de lata é a vergonha da democracia". Pureza comprometeu-se a combater a "gula dos interesses poderosos que negam o direito à habitação" e a trabalhar em conjunto com "autarcas, ativistas, independentes" para construir um programa ambicioso que devolva a esperança de uma casa acessível.

Outras figuras do partido, como Fabian Figueiredo, reforçaram a centralidade do tema, incluindo a "luta pela casa" entre as prioridades do BE para o próximo ciclo político.

Esta posição demarca a estratégia do partido, que procura recentrar a sua ação em causas sociais fraturantes e mobilizadoras, identificando a habitação como um dos principais campos de batalha contra as políticas neoliberais e a desigualdade social, numa tentativa de se reconectar com a sua base de apoio e com os movimentos sociais.