A proposta foi viabilizada com os votos a favor da coligação no poder (PSD/CDS-PP) e também da Iniciativa Liberal e do Chega, enquanto os partidos de esquerda (PS, PCP, Livre e BE) votaram contra.

O vereador do Urbanismo e Habitação, Vasco Moreira Rato, defendeu que o novo regulamento é um passo importante após anos de discussão, apresentando "um conjunto de medidas objetivas para reforçar a proteção da função habitacional, assegurar um desenvolvimento urbano equilibrado e garantir uma gestão mais eficaz da atividade de alojamento local". A aprovação deste regulamento insere-se num debate mais vasto sobre o impacto do turismo no acesso à habitação, uma preocupação central para os partidos da oposição.

Figuras como José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda, têm criticado o "alojamento local desregulado" como um dos fatores que contribuem para a "expulsão dos habitantes do centro das cidades". A divergência de votos na autarquia lisboeta espelha as diferentes visões sobre como equilibrar os benefícios económicos do turismo com a necessidade urgente de garantir habitação acessível para os residentes da capital.