A atualização dos contratos em dezembro resultará num aumento da prestação mensal, pela primeira vez desde janeiro de 2023 para os indexados a 6 meses.

A tendência de subida verificou-se nas maturidades a seis e doze meses, com a taxa a três meses a manter-se estável. Para os contratos indexados à Euribor a 6 meses, o indexante mais utilizado em Portugal, a revisão de dezembro implicará um agravamento na prestação, ainda que ligeiro, interrompendo um período de 22 meses de descidas consecutivas.

Nuno Rico, especialista da DECO PROteste, alertou que este é "o tempo ideal" para as famílias se prepararem para o futuro, sugerindo a renegociação das condições contratuais ou a amortização antecipada do empréstimo, aproveitando o subsídio de Natal. Num exemplo de um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos com um spread de 1%, a prestação para contratos a 6 meses subirá cerca de 1,5 euros, para 643 euros. Nos contratos a 3 meses, o aumento será de 1 euro, para 635 euros. Em contrapartida, os contratos indexados à Euribor a 12 meses ainda beneficiarão de uma descida, com a prestação a reduzir-se em aproximadamente 23 euros, para 650 euros, embora este alívio seja consideravelmente menor do que nas revisões anteriores. Esta subida generalizada das taxas reflete uma maior procura por crédito, tanto para habitação como para consumo, que atingiu em outubro o valor acumulado de 109,1 mil milhões de euros, o mais elevado desde 2008.