Casos de trabalhadores com longas carreiras contributivas, como os de Paco Crespo e Miguel Ángel Castillo em Espanha, que descontaram mais de 40 anos mas foram forçados a reformar-se mais cedo, ilustram o impacto dos cortes vitalícios nas pensões, que podem chegar a 18% ou 24%.

Esta redução drástica do rendimento agrava a vulnerabilidade dos pensionistas, tornando o pagamento da renda ou da prestação da casa um desafio insustentável para muitos.

A situação é agravada pelo facto de a lei portuguesa prever o dever de assistência dos filhos aos pais, levando a que cada vez mais idosos recorram aos tribunais para exigir pensões de alimentos, como no caso de uma filha com salário mínimo que foi obrigada a apoiar a mãe. Este panorama revela como a sustentabilidade do sistema de pensões e as regras de reforma têm um impacto direto e profundo na crise de habitação que afeta os mais velhos.