A nova fase do E-LAR, cujas candidaturas abrem a 11 de dezembro, visa financiar a substituição de equipamentos a gás, como fogões e esquentadores, por soluções elétricas mais eficientes, de classe energética A ou superior. O programa foi reforçado e inclui uma nova despesa elegível para beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica: um apoio de 50 euros para a selagem das tubagens de gás. A primeira fase, com um orçamento de 30 milhões de euros, esgotou em apenas seis dias após receber 40 mil candidaturas, o que demonstrou uma elevada procura.
Contudo, a análise aos resultados revela uma realidade distinta: das 21.662 candidaturas validadas, apenas 7.255 vales foram utilizados.
A baixa taxa de utilização parece estar ligada a custos adicionais não cobertos pelo apoio, como o IVA (para não beneficiários de tarifa social), despesas de instalação e a necessidade de desembolsar centenas de euros. A DECO PROteste alertou para estes custos e criticou a exclusão de equipamentos mais eficientes, como as bombas de calor, em detrimento de termoacumuladores, que “acaba por não ser o equipamento mais eficiente”.
Este desfasamento entre a procura inicial e a utilização final sugere que, apesar da intenção positiva, os obstáculos práticos e financeiros limitam o impacto real do programa.














