Os dados, publicados pelo Banco de Portugal (BdP), indicam que a tendência de recurso à renegociação, que se intensificou com a subida das taxas de juro, pode estar a abrandar. Esta diminuição nas renegociações foi o principal fator para a redução do valor global de renegociações de crédito, que caíram 8,3% em termos homólogos, para 538 milhões de euros. Em contraste, as novas operações de empréstimo, que incluem tanto novos contratos como renegociações, aumentaram para 3.623 milhões de euros, um crescimento de 17,4% face ao ano anterior. Apenas no crédito à habitação, o valor total contratado (novos contratos e renegociações) foi de 2.160 milhões de euros, um aumento de 77 milhões de euros em relação a setembro.
Estes números sugerem que, embora menos famílias estejam a renegociar os seus créditos existentes, a procura por novo financiamento para a compra de casa mantém-se robusta. A descida nas renegociações pode ser um sinal de que muitas famílias que necessitavam de ajustar as suas prestações já o fizeram nos meses anteriores, ou que a recente estabilização e ligeira descida das taxas de juro estão a aliviar a pressão sobre os orçamentos familiares, reduzindo a urgência de renegociar as condições dos seus empréstimos.













