A taxa de juro média continuou a descer, mas aproxima-se o fim da isenção de comissões na amortização antecipada. De acordo com dados do Banco de Portugal, em outubro, as novas operações de crédito à habitação, incluindo renegociações, totalizaram 2.160 milhões de euros, o valor mais elevado da série histórica. Este dinamismo foi impulsionado significativamente por mutuários com idade até 35 anos, que representaram 61% do montante total de novos contratos para habitação própria permanente.

A taxa de juro média das novas operações continuou a sua trajetória descendente pelo nono mês consecutivo, fixando-se em 2,85%, o valor mais baixo desde outubro de 2022.

Esta descida foi influenciada exclusivamente pela redução nos contratos renegociados.

A prestação média mensal do stock total de empréstimos aumentou um euro, para 414 euros. Em contraciclo com a melhoria das condições de acesso ao crédito, aproxima-se o fim de uma medida de alívio para os detentores de crédito a taxa variável: a isenção da comissão de 0,5% por amortização antecipada, que vigora apenas até 31 de dezembro de 2025.

Esta medida tem sido uma oportunidade para muitas famílias reduzirem o capital em dívida e, consequentemente, os juros a pagar.

A especialista Sara Antunes, do “Doutor Finanças”, analisa os desafios atuais na compra de casa, num contexto em que a taxa mista se consolidou como a opção preferida, representando 72,6% dos novos contratos em outubro.