A Câmara da Lousã, liderada por uma nova maioria PSD/CDS-PP, aprovou por unanimidade a redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,39% para 0,38%, com o objetivo de atingir 0,35% no final do mandato. A medida, que inclui a manutenção do IMI Familiar, implicará uma redução de receita na ordem dos 140 mil euros.

O presidente Victor Carvalho justificou a decisão como uma forma de aliviar a carga fiscal de forma “responsável e sem pôr em causa as contas da autarquia”. Em sentido contrário, a Câmara de Gaia, liderada pela coligação PSD/CDS-PP/IL, aprovou um aumento da taxa de participação no IRS de 2,5% para 3%, com os votos contra do PS.

Esta medida retira rendimento disponível às famílias, podendo agravar a sua capacidade de fazer face às despesas com habitação.

Noutros concelhos, a opção foi pela manutenção das taxas.

Em Sesimbra, a autarquia decidiu manter o IMI em 0,40% e a Derrama no valor máximo de 1,5%, embora com isenções para novas empresas e microempresas que criem emprego. De igual modo, o município de Óbidos optou por manter os valores dos impostos municipais para o próximo ano.

Estas decisões demonstram a ausência de uma estratégia concertada a nível nacional, com cada autarquia a responder à crise com as ferramentas e prioridades políticas que considera mais adequadas ao seu contexto local.