No panorama político, surgem diferentes visões sobre como o Estado e entidades associadas podem intervir diretamente para mitigar a crise.
O PS-Madeira, por exemplo, anunciou que irá apresentar uma proposta de alteração ao Orçamento Regional para 2026 com o objetivo de construir 800 novos fogos habitacionais. A proposta prevê que o financiamento provenha de receitas extraordinárias devolvidas à região, resultantes de apoios considerados ilegais concedidos a empresas da Zona Franca, numa tentativa de canalizar verbas específicas para um problema social premente.
Por outro lado, a oposição, representada por Tiago Mota Saraiva, avança com um modelo diferente, sugerindo que a associação mutualista Montepio deveria adquirir imóveis propriedade do Governo para os destinar a habitação acessível.
Esta proposta visa mobilizar um ator da economia social para intervir no mercado, aproveitando património estatal subutilizado.
Ambas as iniciativas, embora com modelos de financiamento e execução distintos, partilham o diagnóstico de que é urgente aumentar a oferta de habitação a custos controlados e que a intervenção pública ou para-pública é um caminho necessário para alcançar esse objetivo.













