Fatores como a carga fiscal elevada, nomeadamente o IVA na construção e o IMT na aquisição, são vistos como entraves significativos ao investimento e, consequentemente, à criação de mais oferta.

Paulo Caiado, presidente da APEMIP, afirmou que o IMT "tornou a compra mais pesada e afastou muitos agregados que já estavam no limite".

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) defende que a redução do IVA na construção é fundamental para "mitigar" os custos da habitação.

O debate político também reflete esta tensão, com figuras como Paulo Raimundo, do PCP, a denunciarem a "especulação" como o "maior problema".

A crise no arrendamento, agravada pela instabilidade legislativa, afeta não só os jovens e as famílias de rendimentos mais baixos, mas também a capacidade de fixar profissionais qualificados nas grandes cidades, tornando-se um obstáculo ao desenvolvimento económico e social.