O presidente da junta classificou a situação como "desumana" e prometeu atuar, criticando a falta de fiscalização. Paralelamente, no Alentejo, a "Operação Safra Justa" desmantelou uma rede de tráfico de pessoas que explorava centenas de imigrantes, maioritariamente timorenses e indostânicos, na apanha da azeitona em Beja.

Estes trabalhadores eram forçados a viver em casas insalubres, a dormir amontoados em quartos com janelas partidas e, por vezes, a passar fome quando não havia trabalho.

O caso assume contornos ainda mais graves por envolver a alegada conivência de militares da GNR. Ambos os cenários ilustram a exploração habitacional a que estão sujeitos os imigrantes mais vulneráveis, que, por necessidade de legalização ou por dependência económica, acabam por se submeter a condições que violam a dignidade humana mais elementar.