Estas medidas de curto prazo visam proporcionar um alívio imediato às famílias, enquanto se implementam soluções estruturais para aumentar a oferta no mercado a longo prazo. O pacote de apoios, que totalizou mais de 920 milhões de euros entre 2024 e o final de 2025, abrange um leque diversificado de medidas destinadas a aliviar a pressão financeira sobre os cidadãos. Entre os programas reforçados estão o Porta 65, destinado a jovens arrendatários, e o Programa de Apoio Extraordinário à Renda (PAER). Adicionalmente, o Governo implementou a isenção de IMT e Imposto de Selo na aquisição de habitação própria e permanente por jovens, procurando facilitar o acesso à primeira casa. Em paralelo com estas ajudas imediatas, o Ministério das Infraestruturas e Habitação, liderado por Miguel Pinto Luz, sublinhou um investimento estrutural sem precedentes de 9,2 mil milhões de euros em habitação pública. Este montante visa concretizar, até 2030, cerca de 150 mil soluções habitacionais através de Estratégias Locais de Habitação, do programa de Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis e de Parcerias Público-Privadas. A estratégia governamental inclui ainda incentivos fiscais ambiciosos para atrair para o mercado de arrendamento milhares de casas devolutas, com o objetivo de aumentar a oferta e moderar os preços. Segundo o ministro, esta abordagem dupla é essencial, pois "não se constroem casas em meses", sendo necessário conjugar o apoio social direto com medidas de fundo que alterem a estrutura do mercado.