O incidente desencadeou um debate sobre a responsabilidade dos proprietários e a capacidade das autarquias para fiscalizar e prevenir futuros desastres urbanos.
O colapso, ocorrido na noite de 6 de dezembro na Rua da Fornalhinha, não causou feridos, mas os detritos atingiram um prédio habitado contíguo na Rua das Padeiras, comprometendo as suas condições de segurança e forçando a evacuação imediata dos moradores. Em resposta ao sucedido, a presidente da Câmara de Coimbra, Ana Abrunhosa, admitiu publicamente o "risco real de desmoronamento em alguns" dos muitos edifícios devolutos existentes na Baixa da cidade.
A autarca revelou que já está em curso um levantamento exaustivo destes imóveis e que cerca de 200 proprietários foram notificados para realizarem obras de conservação, incluindo o proprietário do edifício que ruiu. Perante a inação de alguns proprietários, Ana Abrunhosa garantiu que o município não hesitará em recorrer a medidas mais drásticas previstas na lei, como a posse administrativa do imóvel ou mesmo a expropriação, para garantir a segurança pública.
"Ontem, felizmente, ninguém morreu, mas, amanhã, o cenário pode ser diferente", alertou a presidente, sublinhando a determinação do executivo em dar uma atenção especial a esta problemática para que a Baixa "volte a ser um espaço seguro, vivo e vivido".
A inspeção técnica ao edifício afetado foi agendada para os dias seguintes, mantendo-se os desalojados em hotéis com o apoio do município.














