As iniciativas, que incluem a abertura de abrigos noturnos temporários, refletem uma preocupação crescente com esta franja vulnerável da população, cuja visibilidade tem aumentado nos centros urbanos.
Em Beja, a autarquia ativou um abrigo noturno temporário que funcionará entre 5 de dezembro e 20 de março.
O espaço, instalado na antiga Casa do Estudante, estará aberto diariamente das 19h00 às 09h00, disponibilizando bens essenciais como alimentação, higiene e um local seguro para pernoitar.
A operação é coordenada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil em articulação com o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), que identificará e encaminhará os casos mais urgentes. No Porto, onde em 2023 foram identificadas quase 600 pessoas em situação de sem-abrigo, a estratégia passa pela utilização de edifícios pertencentes ao Estado para criar respostas de acolhimento. Estas ações municipais, embora cruciais para garantir a sobrevivência e a dignidade destas pessoas durante os meses mais frios, são vistas como respostas de contingência a um problema estrutural. A falta de habitação a preços acessíveis é um dos principais fatores que contribuem para o aumento do número de pessoas sem-abrigo, tornando imperativas soluções de alojamento permanente e integrado, para além das medidas de emergência sazonais.













