O incidente, que não causou feridos, levou a presidente da Câmara Municipal, Ana Abrunhosa, a prometer uma postura mais firme contra os proprietários negligentes.

O colapso parcial do imóvel, situado na Rua da Fornalhinha, provocou danos no edifício contíguo, na Rua das Padeiras, onde os escombros invadiram apartamentos, obrigando à retirada dos moradores, entre os quais se encontravam três crianças.

As famílias foram realojadas em unidades hoteleiras, com os custos a serem imputados ao proprietário do prédio que ruiu. Ana Abrunhosa revelou que este proprietário já se encontrava entre os cerca de 200 que foram notificados pela autarquia devido ao estado de degradação dos seus imóveis. A autarca admitiu que na Baixa da cidade “é real o risco de desmoronamento em alguns” edifícios e anunciou que o município avançará com ordens de obras coercivas, algo que, segundo a própria, “nunca o anterior executivo fez”.

Caso os proprietários não cumpram as intimações, a Câmara substituir-se-á na realização das obras, imputando-lhes posteriormente os custos. “Se o proprietário não fizer as obras, é um crime de desobediência e a Câmara substitui-se”, avisou Ana Abrunhosa, sublinhando que a segurança de pessoas e bens é a prioridade.

A situação expõe não só a degradação do património urbano, mas também os desafios legais e administrativos que as autarquias enfrentam para intervir em propriedade privada, mesmo quando está em causa o interesse público.