Vários municípios portugueses aprovaram orçamentos para 2026 com valores históricos, destacando a habitação como uma das principais áreas de investimento. Esta tendência reflete uma crescente preocupação das autarquias em dar resposta à crise habitacional, utilizando verbas próprias e fundos comunitários, como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030. Em Ponte de Sor, o orçamento atingiu um máximo de 57 milhões de euros, um aumento de cerca de 15 milhões face ao ano anterior. Deste montante, mais de dois milhões de euros serão canalizados para o Programa 1.º Direito e para a Estratégia Local de Habitação, prevendo-se a reabilitação de 22 casas e a cedência de terrenos para a construção de mais de 150 novos fogos nos próximos anos. Também o município de Paredes aprovou um orçamento de 105,2 milhões de euros, no qual a requalificação do parque habitacional e o apoio social são eixos centrais.
O presidente da Câmara, Alexandre Almeida, classificou o documento como sendo “de continuidade” e focado em investimentos estruturais.
No Alto Minho, Monção aprovou o maior orçamento da sua história, no valor de 46,58 milhões de euros. O plano de investimentos inclui a construção de 32 novos fogos no âmbito da Estratégia Local de Habitação, além de intervenções em bairros sociais. Estas decisões autárquicas demonstram uma mobilização a nível local para aumentar a oferta de habitação, seja através de construção nova, reabilitação do edificado existente ou apoio a projetos de habitação acessível, assumindo um papel ativo que complementa as políticas nacionais.
Em resumoEm resposta à crise habitacional, municípios como Ponte de Sor, Paredes e Monção aprovaram orçamentos recorde para 2026, com investimentos significativos na construção e reabilitação de habitação. Esta aposta reflete uma estratégia local para aumentar a oferta de fogos e apoiar o acesso à moradia.