Estas decisões contrastam com as de outros municípios, como Benavente e Paredes, que optaram por manter as taxas em vigor. Em Paredes, a taxa continuará no mínimo legal de 0,3%.

Estas políticas fiscais locais inserem-se numa tendência mais ampla de alívio fiscal promovido pelas autarquias.

Um levantamento recente indica que, nos últimos seis anos, os municípios abdicaram de quase mil milhões de euros de receita de IRS, devolvendo-a aos contribuintes. Em 2026, prevê-se que 204 autarquias prescindam de parte ou da totalidade da sua participação no IRS, resultando numa poupança de 231 milhões de euros para as famílias. A gestão do IMI e da participação no IRS reflete, assim, as diferentes estratégias dos municípios para responder à crise da habitação e à pressão económica, utilizando a sua autonomia fiscal para apoiar os residentes.