Esta tendência agrava as dificuldades de acesso à habitação em todo o país, com especial incidência em cidades como Santarém, que lidera as subidas anuais. De acordo com o índice de preços do portal Idealista, o custo médio por metro quadrado em Portugal atingiu os 3.000 euros em novembro, o valor mais elevado de sempre, representando uma subida de 7,8% em comparação com o mesmo período de 2024. O ano de 2025 é descrito como o de maior crescimento anual de preços desde 1991, tendo sido registada uma valorização de 21,6% em agosto. Lisboa mantém-se como a cidade mais cara para comprar casa, com um valor de 5.914 euros por metro quadrado.

A dinâmica de subida é transversal, mas algumas cidades do interior demonstram uma aceleração notável. Santarém destaca-se como a capital de distrito com a maior subida anual do país, com os preços a dispararem 27,2%, atingindo um valor mediano de 1.698 euros por metro quadrado.

Outras cidades como Beja (26,6%) e Portalegre (23,6%) também registaram aumentos expressivos, superiores a 20%.

Em contrapartida, Vila Real foi a única capital de distrito a registar uma descida anual de 1,6%.

Esta valorização acentuada reflete uma forte procura que continua a pressionar o mercado, tornando o acesso à habitação uma dificuldade crescente para muitas famílias portuguesas. A escassez de oferta, especialmente de tipologias mais pequenas como T1, que são as mais rapidamente vendidas, contribui para esta pressão sobre os preços, num contexto que os artigos descrevem como uma crise habitacional real.