Iniciativas em Madrid e em pequenas localidades italianas destacam-se como exemplos de políticas municipais proativas para combater o despovoamento e a especulação imobiliária. Em Madrid, a Câmara Municipal está a promover o programa "ReViVa", que oferece aos proprietários de imóveis desocupados a reabilitação gratuita das suas casas, adiantando até 45.000 euros para as obras. Em contrapartida, os proprietários cedem a gestão do imóvel à Empresa Municipal de Habitação e Solos (EMVS Madrid) por um período determinado, para que seja colocado no mercado de arrendamento acessível. As rendas praticadas situam-se entre 15% e 20% abaixo do valor de mercado, e o custo da renovação é gradualmente deduzido da renda mensal que o proprietário recebe. Este modelo elimina o risco para os proprietários, uma vez que a autarquia garante o pagamento da renda, mesmo que o imóvel não esteja arrendado.
Em Itália, a pequena cidade de Radicondoli, na Toscânia, lançou um fundo de mais de 400.000 euros para atrair novos moradores e combater a desertificação rural. O programa cobre metade do valor da renda durante os primeiros dois anos para novos arrendatários e oferece apoios para a aquisição de habitação. Desde a sua introdução em 2023, a iniciativa já atraiu cerca de 60 novos residentes para uma localidade com menos de mil habitantes.
Estas estratégias demonstram como as autarquias podem desempenhar um papel ativo na dinamização do mercado habitacional e na revitalização de comunidades.













