Esta tendência reflete um movimento de descentralização impulsionado pelos preços elevados na capital.

Famílias, especialmente compradores mais jovens, procuram alternativas em zonas periféricas com preços mais competitivos e boas ligações à Área Metropolitana de Lisboa. Pedro Castro, do ComparaJá, destaca que “a pressão dos preços está a empurrar famílias para zonas periféricas” e que “Setúbal e a margem sul assumem um papel cada vez mais relevante”. O fenómeno evidencia como a dinâmica do mercado de crédito está a ser moldada pela dificuldade de acesso à habitação nos grandes centros urbanos, obrigando os compradores a procurar soluções em concelhos vizinhos, o que, por sua vez, contribui para a expansão da pressão imobiliária para estas áreas.