Este desempenho coloca a capital portuguesa na 18.ª posição do ‘Prime Global Cities Index’ da Knight Frank e supera o crescimento de outras grandes cidades europeias como Paris, Berlim e Londres. De acordo com o relatório da consultora, que monitoriza 46 cidades em todo o mundo, o mercado global de habitação ‘prime’ registou um abrandamento, com o crescimento médio a situar-se nos 2,5%, o ritmo mais lento dos últimos dois anos. No entanto, Lisboa contrariou esta tendência, com um desempenho que Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva (associada da Knight Frank em Portugal), atribui à “capacidade de crescimento, de captação de investimento e de resiliência” da cidade.

Entre os fatores que sustentam esta valorização estão uma procura estruturalmente superior à oferta, a atratividade para compradores internacionais e uma estabilidade relativa face à volatilidade observada noutras capitais.

O desempenho de Lisboa (+3,1%) superou cidades como Berlim (+2,7%), Paris (+1,4%) e Londres, que registou uma queda de 3,6%. O ranking global foi liderado por Tóquio, com uma subida de 55,9%, impulsionada pela escassez de oferta e efeitos cambiais.

Francisco Quintela acredita que “os preços em Lisboa e noutras regiões do país, como Comporta, Cascais – Estoril ou Porto, continuam a apresentar potencial de valorização nos próximos anos”.