Moedas desafia Governo a ceder imóveis públicos para habitação acessível em Lisboa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, desafiou o Governo a transferir para a autarquia os imóveis públicos que pretende vender na capital, para que sejam utilizados na criação de mais habitação acessível. O apelo foi feito durante a cerimónia de entrega de 152 novas casas em regime de renda acessível, financiadas pelo PRR. Moedas criticou a intenção do Governo de alienar um conjunto de 16 edifícios e terrenos em Lisboa e no Porto, defendendo que estes ativos deveriam ser canalizados para resolver a crise habitacional em vez de serem vendidos em hasta pública. O autarca já solicitou formalmente a transferência de alguns edifícios, como o antigo edifício do Conselho de Ministros, para desenvolver projetos de habitação pública, nomeadamente para jovens, mas adiantou que ainda não obteve resposta. Esta posição surge num momento em que a autarquia destaca os seus próprios esforços, mencionando um investimento de 800 milhões de euros em habitação até 2028 e a entrega de 3.000 casas municipais desde o início do seu mandato. A proposta de Moedas representa uma alternativa à estratégia do Governo, que visa usar as receitas da venda dos imóveis para financiar políticas de habitação, e coloca a gestão do património do Estado no centro do debate sobre como aumentar a oferta de casas acessíveis na capital.

Em resumo

Carlos Moedas propõe uma mudança de estratégia na gestão do património do Estado em Lisboa, defendendo a transferência de imóveis públicos para a câmara em vez da sua venda. A iniciativa visa acelerar a criação de habitação acessível e coloca em confronto as visões do poder local e central sobre a melhor forma de responder à crise habitacional.

Artigos

ORegiões

Moedas quer imóveis do Governo para habitação acessível

Expresso

Moedas quer usar imóveis que o Governo pretende vender em Lisboa para fazer mais habitação pública

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