Os preços das casas novas na China caíram em novembro pelo trigésimo mês consecutivo, um sinal preocupante do agravamento da crise no setor imobiliário, apesar das múltiplas medidas de estímulo anunciadas pelas autoridades. A persistência da queda de preços reflete a fraca confiança dos consumidores e a contínua instabilidade num setor que representa, direta e indiretamente, cerca de 30% do PIB do país. De acordo com dados do Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE), os preços nas 70 principais cidades chinesas caíram 0,39% em novembro face ao mês anterior.
Das cidades analisadas, 59 registaram descidas no preço da habitação nova. O mercado de segunda mão também não escapou à tendência, com uma queda de 0,66%, e todas as 70 cidades da amostra a registarem descidas.
Este cenário negativo é agravado por outros indicadores económicos, como a queda de 15,9% no investimento em promoção imobiliária nos primeiros onze meses do ano.
A crise, que começou com as dificuldades de grandes promotoras como a Evergrande, tornou-se um dos principais fatores da desaceleração da economia chinesa. As autoridades têm implementado várias medidas para tentar estabilizar o mercado, mas a procura interna permanece fraca, e a confiança dos compradores continua abalada, prolongando um ciclo de contração que afeta toda a economia.
Em resumoA contínua queda nos preços da habitação na China, que já dura 30 meses, evidencia a profundidade da crise no setor imobiliário e a dificuldade das medidas governamentais em restaurar a confiança. A situação representa um risco significativo para a estabilidade económica do país e tem implicações para o crescimento global.