De acordo com o balanço da JLL, o investimento em imobiliário comercial cresceu cerca de 25% em relação ao ano anterior, superando a média anual dos últimos anos. Pelo segundo ano consecutivo, o retalho liderou as transações, concentrando 40% do volume total, seguido pelos setores hoteleiro e de escritórios, cada um com uma quota de 20%. A análise destaca ainda a consolidação da região Norte, que agregou 50% do investimento total, e uma maior participação de investidores nacionais.

No entanto, o dado mais alarmante surge no mercado habitacional. As vendas no segmento tradicional cresceram 20% em termos homólogos, mas os preços aumentaram 17%, a taxa anual mais elevada da União Europeia.

Cidades como Lisboa e Porto atingiram valores recorde, com preços médios de 5.380€/m² e 3.711€/m², respetivamente.

Para 2026, a JLL antecipa um abrandamento no ritmo de subida dos preços, impulsionado por medidas como a redução do IVA na construção. Contudo, Andreia Almeida, Head of Research da JLL, alerta que “não deverá haver, para já, um choque de oferta suficiente para inverter a subida dos preços”, uma vez que a oferta continua a ser “insuficiente face às necessidades”.