O novo modelo, apresentado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, pretende substituir o sistema atual, criticado por ser pouco sensível às disparidades regionais no custo de vida.

Um estudo da Nova SBE revelou que mais de 70% dos estudantes recebiam a bolsa mínima, independentemente de viverem em cidades com rendas muito diferentes. A reforma introduz uma distinção clara entre estudantes deslocados e não deslocados, calculando o valor da bolsa com base no custo real de vida no concelho da instituição de ensino, incluindo despesas com propinas, alimentação, transportes e alojamento. O valor final resultará da diferença entre este custo e a capacidade contributiva do agregado familiar.

Outra novidade significativa é a criação de uma “Bolsa de Incentivo” no valor de 1.045 euros anuais (correspondente a duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais) para todos os estudantes beneficiários do escalão A do abono de família. Inicialmente prevista apenas para o primeiro ano, a medida foi alargada a todo o percurso académico, representando um apoio crucial para os alunos de famílias com rendimentos mais baixos. O complemento de alojamento também será revisto para garantir que todos os estudantes deslocados que necessitem tenham acesso ao apoio, com um valor proporcional ao rendimento familiar e ao custo das rendas na respetiva região.