Esta volatilidade mantém a incerteza para as famílias com empréstimos de taxa variável, num contexto em que se aguarda a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou ligeiramente para 2,164%.

De acordo com dados do Banco de Portugal referentes a outubro, este indexante representava 38,5% do total de empréstimos para habitação própria permanente.

A taxa a três meses também desceu, fixando-se em 2,057%.

Em contrapartida, a Euribor a 12 meses continuou a sua trajetória ascendente, subindo para 2,315%, o valor mais alto desde 2 de abril.

Esta subida tem implicações diretas para os 31,75% de contratos de crédito à habitação que utilizam este prazo como referência.

A evolução das taxas reflete as expectativas do mercado interbancário, numa semana marcada pela reunião do BCE em Frankfurt. Em outubro, a instituição liderada por Christine Lagarde manteve as taxas diretoras inalteradas pela terceira vez consecutiva, após um ciclo de cortes iniciado em junho de 2024.

A manutenção da incerteza sobre os futuros movimentos do BCE continua a influenciar a flutuação das Euribor, com impacto direto no orçamento mensal de milhares de famílias portuguesas.