A decisão foi tomada após se verificar que apenas dois dos nove projetos aprovados no âmbito do PRR estão atualmente em execução, evidenciando os desafios burocráticos e práticos na aplicação dos fundos europeus. A presidente da autarquia, Sónia Ferreira, anunciou a reavaliação na última reunião de câmara, descrevendo a aplicação do PRR no concelho como “não eficaz”.

A situação levou a um encontro com a secretária de Estado das Infraestruturas e da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, que se comprometeu a apoiar o município na redefinição dos projetos que ficaram por executar.

Este caso ilustra as dificuldades que muitas autarquias enfrentam para cumprir os prazos e as exigências do PRR, um instrumento financeiro crucial para responder à crise habitacional em Portugal. A necessidade de reformular a estratégia de Benavente demonstra que a mera aprovação de financiamento não garante a concretização das obras, sendo necessários mecanismos de acompanhamento e de resolução de entraves para que os fundos se traduzam efetivamente em mais habitação para as populações. O caso de Benavente serve, assim, de alerta para os riscos de insucesso na execução do PRR no setor da habitação, podendo comprometer as metas nacionais de aumento da oferta de casas a preços acessíveis.