"Vamos ter residências todas renovadas, que daqui a cinco anos vão estar todas degradadas", afirmou, acrescentando que é por se "colocar na residência universitária os estudantes dos meios mais desfavorecidos que se degradam". Posteriormente, em declarações à imprensa, Fernando Alexandre considerou ser "totalmente falso" que tenha responsabilizado os alunos carenciados, alegando que as suas palavras foram descontextualizadas. Segundo o ministro, a sua intenção era explicar que "quando tenho um serviço público que é usado apenas por pessoas que não têm voz, que são de rendimentos mais baixos, por razões de gestão, o serviço se degrada", atribuindo a responsabilidade pela degradação à gestão e não aos utentes.

Apesar do esclarecimento, as críticas foram imediatas.

O PS, através do seu líder parlamentar, exigiu uma retificação, sob pena de o ministro deixar de ter "condições para continuar no cargo".

O PCP considerou as declarações "absolutamente execráveis" e requereu uma audição urgente no parlamento, enquanto o Bloco de Esquerda e o Livre as condenaram como "estigmatizantes".

A FENPROF classificou o discurso como revelador de "preconceito social explícito".