Esta dinâmica criou o que um artigo descreve como uma "economia paralela", onde um influxo de profissionais estrangeiros com rendimentos mais elevados e, até recentemente, benefícios fiscais, contribui para a inflação dos preços, tornando a cidade inacessível para muitos residentes locais. O resultado é um sentimento de exclusão e desconforto.

Uma residente lisboeta de 60 anos, citada num artigo, lamenta a "certa arrogância na forma como alguns estrangeiros se movem pela cidade", descrevendo um quotidiano onde "dois mundos partilham as mesmas ruas, mas raramente os mesmos cafés".

A crise afeta não só a compra, mas também o arrendamento, com o limiar de pobreza na Grande Lisboa a ser mais alto devido ao custo de vida, tornando tecnicamente pobres residentes com rendimentos superiores à média nacional.