Os peritos defendem a necessidade de medidas locais urgentes para garantir o acesso a habitação digna e acessível, prevenindo a sobrelotação, a exploração e a formação de guetos.

Num relatório divulgado recentemente, o grupo sublinha que "a integração dos imigrantes concretiza-se sobretudo ao nível local" e que os municípios são "atores estratégicos" nesse processo. No que respeita à habitação, o documento propõe a criação de programas que "facilitem o acesso a habitação digna e acessível".

Uma das sugestões concretas é a criação de parcerias com empregadores em setores sazonais para o desenvolvimento de soluções de alojamento temporário dignas para os trabalhadores. A plataforma alerta para as "desigualdades de recursos e capacidade de resposta" entre os municípios e para a "carência de dados locais" sobre as condições habitacionais desta população. A fraca articulação entre o Estado central, as autarquias e a sociedade civil é também criticada por gerar "sobreposição ou lacunas de resposta".

O apelo surge num momento em que Portugal contava, em 2024, com mais de 1,5 milhões de cidadãos estrangeiros, e a questão da habitação para esta população se torna cada vez mais premente para a coesão social e o desenvolvimento sustentável das comunidades.