Os dados revelam que o perfil típico é um homem (68%), de nacionalidade portuguesa, solteiro, com baixa escolaridade e a viver do Rendimento Social de Inserção (RSI).

As principais causas apontadas para esta situação são o desemprego e a precariedade laboral, evidenciando a ligação direta entre a instabilidade económica e a perda de habitação. Geograficamente, as zonas de Lisboa (3.122 pessoas), Alentejo e Norte são as que concentram o maior número de casos.

No entanto, em termos de proporção por mil residentes, destacam-se concelhos alentejanos como Monforte (87), Mourão (68) e Moura (47). A região do Alentejo apresenta particularidades, como uma maior percentagem de mulheres (46%) e de jovens (46%) nesta situação, bem como um nível de escolaridade mais baixo, com 36% sem qualquer nível de ensino completo. Em contraste, a Área Metropolitana de Lisboa concentra a maior percentagem de sem-abrigo solteiros (60%) e oriundos dos PALOP (23%).

Apesar do aumento global, o relatório aponta que 1.345 pessoas conseguiram uma habitação permanente em 2024, com Barcelos a liderar a lista de concelhos onde mais pessoas saíram desta condição.