Enquanto autarquias como Valongo, Gondomar, Caminha e Palmela optaram por reduzir ou manter as taxas em níveis baixos para aliviar as famílias, outras, como Vagos, decidiram aumentar a carga fiscal para equilibrar as contas municipais.

A heterogeneidade das decisões reflete as diferentes realidades financeiras e estratégias políticas locais.

Em Valongo, a taxa de IMI foi reduzida de 0,35% para 0,34%, uma medida que, segundo a autarquia, resultará numa poupança global de 300 mil euros para famílias e empresas. De forma semelhante, Gondomar aprovou uma redução global de 2,5% nas taxas. O município de Palmela decidiu manter a taxa no mínimo legal de 0,30%, enquanto Caminha, no seu orçamento de 35,3 milhões de euros, também incluiu uma descida do IMI, fixando a taxa para prédios urbanos em 0,39%. Em contraste, a Assembleia Municipal de Vagos aprovou a proposta do executivo para aumentar o IMI de 0,3% para 0,4%, justificando a medida com a necessidade de reequilíbrio financeiro e para fazer face a cortes na despesa.

Esta decisão gerou críticas da oposição (CDS e PS), que argumentou que as famílias não deveriam “pagar a conta dos problemas de gestão acumulados”.

Em Ílhavo, a oposição (PS e o movimento Unir Para Fazer) conseguiu travar a proposta do executivo PSD/CDS para aumentar a taxa de IMI de 0,3% para 0,35%, considerando a medida “inoportuna”.

Estas decisões mostram a tensão entre a necessidade de aliviar a carga fiscal sobre os proprietários e a urgência de garantir a sustentabilidade financeira dos municípios.