Este cenário revela a complexidade do fenómeno, influenciado pela crise na habitação e pela eficácia das políticas de integração social.
Segundo Henrique Joaquim, coordenador da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo, o aumento de 10% em 2024 foi o menor desde 2018, o que demonstra que as medidas implementadas estão a produzir resultados. Entre os fatores que contribuem para o aumento do número total de sem-abrigo estão a crise na habitação, a falta de emprego e a desestruturação das relações familiares. No entanto, o sucesso na integração de pessoas em habitações permanentes é atribuído a modelos como o ‘housing-first’, que consiste na atribuição de uma casa sem contrapartidas. Este modelo tem uma taxa de sucesso elevada, com 80% a 90% das pessoas a permanecerem nas habitações. O Governo pretende reforçar estas respostas, prevendo um investimento de 4 milhões de euros para aumentar as vagas em Centros de Alojamento Temporário e diversificar os modelos de integração, ao abrigo da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A nova estratégia para 2026-2030 terá um “maior enfoque nas questões da prevenção” para evitar que mais pessoas cheguem a esta situação de vulnerabilidade.














