Este aumento, acompanhado por uma valorização sem precedentes nas avaliações bancárias, evidencia a contínua e intensa pressão sobre o mercado imobiliário nacional.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), este foi o sexto trimestre consecutivo de aceleração dos preços, com um crescimento de 4,1% face ao trimestre anterior. A subida foi impulsionada sobretudo pelo mercado de habitações existentes, que viram os seus preços aumentar 19,1% em termos homólogos, um ritmo consideravelmente superior ao das habitações novas (14,1%). Apesar da escalada de preços, o mercado manteve-se dinâmico, com 42.481 transações realizadas entre julho e setembro, totalizando um valor recorde de 10,5 mil milhões de euros. No entanto, o crescimento do número de transações (3,8%) foi muito inferior ao dos preços, o que sinaliza uma forte pressão da procura sobre uma oferta insuficiente.

As famílias continuam a ser o principal motor do mercado, responsáveis por 88,3% das aquisições, enquanto se verifica uma quebra acentuada na compra por não residentes, que diminuiu 16,4%.

A tendência de valorização é corroborada pelos dados da avaliação bancária, que em novembro atingiram um novo máximo de 2.060 euros por metro quadrado, um aumento homólogo de 18,4%. As regiões da Grande Lisboa e do Algarve continuam a liderar como as mais valorizadas, tanto nos preços de venda como nas avaliações para crédito à habitação, embora outras zonas como a Península de Setúbal e o Alentejo demonstrem um dinamismo crescente.