As críticas destacam a capacidade do filme de traduzir para o cinema o universo literário de Mia Couto. Uma análise considera-o uma "boa adaptação" que capta as "idiossincrasias do modo de ser e do modo de contar africano", elogiando a forma como a Fortaleza de São Sebastião, na Ilha de Moçambique, funciona como uma personagem central. O enredo, que segue a investigação de um crime onde todos os suspeitos se confessam culpados, serve de metáfora para o peso da história e os fantasmas do colonialismo. Outros artigos sublinham a intenção do realizador de passar uma mensagem de "integridade, coerência e resiliência", ao abordar o tema sensível do tráfico de órgãos de pessoas albinas, um problema sério em África. A produção, uma colaboração entre Portugal, Moçambique, Alemanha, Angola e Maurícias, conta com um elenco exclusivamente moçambicano, reforçando a sua autenticidade cultural. A sua estreia é vista como um evento cultural relevante, não só pela sua qualidade cinematográfica, mas também pelo seu contexto histórico.
