Esta mudança gerou um debate sobre os bastidores das produções televisivas e a abordagem à história real que inspirou a ficção da Netflix.
Inicialmente, a TVI tinha confirmado a produção de um documentário baseado no livro "Rabo de Peixe: Toda a Verdade", de Rúben Pacheco Correia. No entanto, a estação emitiu um comunicado a 28 de julho, anunciando a desistência do projeto, justificando a decisão com uma análise do "contexto contratual pretendido pelo autor, em particular, as contrapartidas não financeiras".
Pouco depois, a CMTV anunciou ter adquirido os direitos, numa negociação que, segundo o canal, foi disputada com outros operadores, incluindo a TVI.
O acordo prevê a produção de uma série de três a cinco documentários originais, com reconstituições e entrevistas exclusivas, incluindo uma com o proprietário do barco que esteve preso no Brasil.
Rúben Pacheco Correia justificou a sua escolha pela CMTV, afirmando que o canal lhe garantiu "a possibilidade de estar envolvido no projeto até à sua emissão" e que "o universo CM dará a dimensão que a história merece".
Esta transferência de direitos tornou-se notícia, ilustrando a competição acesa entre os canais de televisão portugueses por conteúdos com elevado potencial de audiência e impacto cultural.