O filme explora temas de identidade e recomeço, tendo sido elogiado pela sua maturidade e pelas interpretações do elenco. A narrativa centra-se num professor de geografia que, devastado pelo desaparecimento da sua mulher, assume a identidade de outro homem e começa a trabalhar como jardineiro numa quinta portuguesa.
Ali, estabelece uma amizade inesperada com a proprietária, interpretada por Maria de Medeiros. A crítica descreve a obra como uma "fábula calma e luminosa, realizada com a delicadeza de quem cultiva um jardim", destacando a sua sensibilidade e maturidade. Uma das análises refere que o filme é uma "aventura entre a Sérvia e o Minho, com Maria de Medeiros em boa forma", sugerindo uma amplitude geográfica que vai além do cenário português principal. Esta abordagem matizada, que cruza diferentes paisagens europeias para explorar uma jornada interior, foi um dos pontos elogiados.
O filme é visto como um exemplo de cinema de autor europeu que se foca na profundidade psicológica das personagens e na sua relação com o espaço, evitando os clichés do género dramático e apostando numa narrativa contida e reflexiva.