A obra é descrita como uma odisseia enigmática e visualmente impressionante pelo deserto de Marrocos, explorando temas de sobrevivência, luto e a condição humana.
Protagonizado por Sergi López e Bruno Núñez Arjona, o filme acompanha um pai e um filho na busca desesperada pela filha/irmã desaparecida numa rave no deserto marroquino.
O título remete para um conceito islâmico de uma ponte afiada como uma lâmina que as almas devem atravessar no Dia do Juízo Final, sublinhando o caráter metafísico e perigoso da jornada. As críticas destacam a abordagem abstrata e semidocumental de Laxe, que privilegia a experiência sensorial em detrimento de uma narrativa convencional. Uma análise descreve o filme como uma "meditação sobre a Morte e o Luto" e uma representação de "um último fôlego da raça humana perante os abismos".
Outra crítica aconselha o espectador a não procurar respostas fáceis, afirmando que a obra lança o público numa "viagem incerta e perigosa" onde a lógica narrativa é substituída por uma atmosfera alucinatória e de puro suspense.
Premiado com o Prémio do Júri em Cannes, "Sirât" é apresentado como um filme que exige a imersão do espectador, que se vê confrontado com a fragilidade da condição humana perante a vastidão e a hostilidade da natureza.