A condição física do vice-campeão olímpico do triplo salto é uma preocupação central para as aspirações do atletismo nacional. O diretor técnico nacional, José Barros, confirmou que a situação do atleta continua a ser acompanhada de perto pelo departamento médico da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).

Embora os atletas qualificados para os Mundiais devam, por norma, competir nos nacionais, existem exceções para casos de lesão clinicamente comprovada, como o de Pichardo.

A sua ausência em Braga é um sinal claro de que a recuperação ainda não está completa, o que torna a sua presença em Tóquio, em setembro, uma incógnita.

A potencial baixa de Pichardo seria um golpe significativo para a delegação portuguesa, que conta com o triplista como um dos seus principais candidatos a medalhas. A situação agrava-se com outras ausências de vulto no atletismo português, como a de Patrícia Silva, medalha de bronze nos Mundiais de pista curta, que já está confirmada como ausente dos Mundiais por uma lesão de recuperação mais lenta, e de Patrícia Mamona, que se encontra em ano sabático. A incerteza em torno de Pichardo deixa, assim, um vazio de liderança e de potencial de pódio na equipa nacional, numa altura em que se aproxima a competição mais importante da temporada.