A controvérsia centra-se na gestão clínica do jogador e na comunicação entre as duas entidades, com a RFEF a manifestar “surpresa e mal-estar” pela forma como o processo foi conduzido.

O jovem extremo de 18 anos foi dispensado após ter sido submetido a um tratamento por radiofrequência para aliviar dores no púbis, um procedimento realizado pelo clube sem aviso prévio ao corpo médico da seleção. A federação só terá recebido um relatório médico tardio, indicando a necessidade de um período de repouso de sete a dez dias. O selecionador Luis de La Fuente criticou a falta de comunicação, afirmando que a situação “não é muito normal” e que Yamal “foi embora da seleção triste e abalado”. Do lado do Barcelona, o presidente Joan Laporta garantiu que o clube notificou a federação “assim que soube” que o jogador precisava de repouso, com o objetivo de o ter “à disposição” do clube. Este episódio reacende o debate sobre a gestão de jovens talentos e o conflito de interesses entre clubes e seleções, especialmente numa altura em que o calendário competitivo é cada vez mais exigente.

A federação, ao priorizar a saúde do atleta, optou pela dispensa, mas o incidente deixou marcas na relação institucional entre as duas partes.