O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que existe uma probabilidade de “50-50” de se alcançar um acordo, enquanto fontes diplomáticas europeias se mostram otimistas, sugerindo que um entendimento semelhante ao alcançado com o Japão está próximo. Esse acordo prevê uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos, com isenções para setores como a aeronáutica, bebidas espirituosas e alguns medicamentos. Este valor representa uma redução significativa face à ameaça inicial de Trump de impor taxas de 30% sobre os bens europeus. A Comissão Europeia, embora mantenha um “diálogo intenso” com Washington, já adotou uma lista de contramedidas no valor de 93 mil milhões de euros, que entrará em vigor a 7 de agosto caso as negociações falhem. Esta lista resulta da fusão de dois pacotes: um de 21 mil milhões de euros, em resposta às tarifas sobre aço e alumínio, e um segundo de 72 mil milhões, que abrange bens industriais e agroalimentares. O porta-voz do executivo comunitário, Olof Gill, afirmou que “um resultado está ao nosso alcance e estamos a trabalhar com toda a nossa força para o concretizar”. A incerteza em torno das tarifas já está a ter impacto económico, com a presidente do BCE, Christine Lagarde, a apelar a uma resolução rápida para estabilizar os mercados.
