Só no mês de junho, o montante de crédito à habitação em carteira dos bancos aumentou 1.525 milhões de euros em relação a maio. Esta dinâmica ascendente tem sido atribuída a fatores como a descida das taxas de juro e a implementação de medidas de apoio governamentais, como a isenção de IMT e a garantia pública para jovens. O montante total de empréstimos a particulares também cresceu significativamente, com uma variação anual de 7,4%, para 138.974 milhões de euros. O crédito ao consumo e para outros fins também acelerou, crescendo 7,9% em termos homólogos, para um total de 32.652 milhões de euros. Os dados recentes do INE e do Banco de Portugal indicam que o nível de endividamento das famílias é o mais elevado desde 2011, com o montante médio dos novos contratos a atingir os 157 mil euros. Especialistas, como Nuno Rico da DECO-PROteste, alertam que “qualquer subida que vá acontecer nos próximos meses, mesmo que pequena, terá um impacto significativo nas prestações”, podendo deixar muitas famílias “com a corda na garganta”.
