O 'lay-off', que consiste na redução temporária dos períodos de trabalho ou na suspensão de contratos por iniciativa das empresas, continua a ser um indicador da pressão económica sobre o tecido empresarial português. O relatório do CRL, baseado em dados da Segurança Social, mostra que a tendência de subida, embora menos acentuada que em 2023 (quando o aumento foi de 169%), persiste como um sinal de alerta para o mercado de trabalho. Paralelamente, o documento revela um agravamento nos despedimentos coletivos. Em 2024, foram comunicados 497 processos, abrangendo cerca de 5,7 mil trabalhadores, o que representa um aumento homólogo de 59% no número de pessoas afetadas. O número de processos de despedimento coletivo subiu 15,3% em relação ao ano anterior. Apesar deste cenário, o emprego total registou uma desaceleração no ritmo de crescimento (1,3% contra 1,9% em 2023), e o número de desempregados manteve-se estável em 351,1 mil pessoas. No entanto, a persistência do recurso ao 'lay-off' e o aumento dos despedimentos coletivos indicam que certas áreas da economia continuam a enfrentar dificuldades significativas.
